terça-feira, 12 de novembro de 2013

"... esta mão que se dirige ao fruto, à rosa, à lenha que subitamente queima, seu gesto de esperar, de colher, de atiçar, é estreitamente solidário da maturação do fruto, da beleza da flor, do cintilamento da tocha. Mas quando, neste movimento de esperar, de colher, de atiçar, a mão foi para um objeto bem distante, se do fruto, da flor, da lenha, eis que uma mão surge ao encontro da mão que é a sua, e neste momento é sua mão que se paralisa na plenitude acabada do fruto, na abertura da flor, na explosão de uma mão que queima, - então, o que se produz aí, é o amor." (Jaques Lacan, Seminário VIII, p.67, 1991)

Nenhum comentário:

Postar um comentário